Os fenômenos anômalos na psicologia referem-se a experiências ou eventos que são incomuns, atípicos e muitas vezes desafiadores para a compreensão científica convencional.

Experiências anômalas podem ser definidas como vivências subjetivas ou objetivas,  experimentadas por muitas pessoas e mesmo controversas em sua cultura de origem, não possuem relação com patologias ou anormalidades. Entre os exemplos mais estudados pela psicologia estão a “mediunidade” e as curas “espirituais”. Esses fenômenos incluem também uma vasta gama de experiências, como percepções extra-sensoriais (ESP), telepatia, precognição, e experiências fora do corpo (EFCs), dentre outras vivências.

Pesquisas recentes começaram a abordar esses fenômenos com maior rigor científico, buscando entender suas origens e implicações. Algumas investigações se concentram em relatos subjetivos e experimentos controlados para garantir a validade dos resultados. Estudos, como os conduzidos pelo Dr. Dean Radin no Instituto de Ciências Noéticas (IONS), têm explorado a possibilidade de que a mente humana pode influenciar a matéria e que a consciência pode não ser confinada ao cérebro físico.

Revista como *Journal of Parapsychology* também publicam estudos revisados por pares que investigam a validade e os mecanismos subjacentes a esses fenômenos.

Os fenômenos anômalos estão frequentemente relacionados aos estudos da consciência, uma vez que desafiam as concepções tradicionais sobre a capacidade e o alcance da mente humana. Investigações têm sugerido que a consciência pode desempenhar um papel fundamental na ocorrência desses eventos, levando a novas teorias que consideram a consciência como um fenômeno não local, estendendo-se além dos limites do corpo físico.

O fenômeno de experiências fora do corpo (EFCs), por exemplo, onde indivíduos relatam a sensação de flutuar fora do próprio corpo e observar o mundo a partir dessa perspectiva externa, tem sido objeto de estudo para entender melhor a natureza da consciência. Pesquisas utilizando tomografia por emissão de pósitrons (PET) e ressonância magnética funcional (fMRI) têm investigado as áreas cerebrais ativadas durante essas experiências, sugerindo que a consciência pode ter uma presença não local.

Os fenômenos anômalos também intersectam com a ufologia, o estudo de objetos voadores não identificados (OVNIs). Muitos relatos de encontros com OVNIs incluem experiências psicológicas e físicas que são desafiadoras para a ciência convencional. Pesquisadores como o Dr. John E. Mack, um psiquiatra de Harvard, estudaram as experiências de abdução alienígena, propondo que esses incidentes podem ser compreendidos em termos de estados alterados de consciência ou fenômenos psicológicos. A ufologia e a psicologia anômala muitas vezes se sobrepõem quando examinam os efeitos psicológicos e emocionais dos encontros com o desconhecido, e as possíveis implicações para a compreensão mais ampla da mente e da realidade.

Pessoas que passaram por fenômenos anômalos no mundo todo hoje trazem uma profusão de relatos que corroboram com um corpo de conhecimento milenar de várias culturas, porém ainda hoje, há muito o que se investigar nesse campo. 

Na psicologia o que importa principalmente é tratar qualquer tipo de sofrimento mental ou emocional relacionado a vivências ou fenômenos e compreender como afetam a consciência individual e coletiva. Sendo assim, há um duplo trabalho na psicologia, de auxílio na compreensão e integração de vivências anômalas em indivíduos que passaram por experiência deste tipo,  bem como a pesquisa constante no intuito de ampliar perspectivas e ferramentas que possibilitem maior equilíbrio e coerência dos indivíduos, frente a circunstâncias e vivências pouco convencionais.